Uma das principais causas de morte dos machos marsupiais é o
excesso de sexo. O estudo de Diana Fisher abordou esta “reprodução suicida” e
concluiu que esta “competição de esperma” leva os machos a “acasalar
freneticamente até à exaustão final”.
Algumas espécies de marsupiais partilham uma característica
invulgar com algumas espécies de peixes: são capazes de acasalar até à morte. O
caso ocorre com algumas variantes, todas insectívoras, e apenas com os machos.
De acordo com a investigadora Diana Fisher, esta “reprodução suicida”
descobriram que alguns marsupiais da Austrália, América do Sul e Nova Guiné,
como os ‘Antechinus’, os ‘Phascogale’ e os ‘Dasykaluta’, têm “maratonas de
acasalamento” que se tornam fatais.
De acordo com o estudo, coordenado pela investigadora da
Universidade de Queensland (EUA) e publicado na revista PNAS, a “competição de
esperma” ocorre sobretudo nas zonas em que a alimentação é abundante apenas
numa fase do ano. Para que as crias nasçam nesse período, as fêmeas tornam-se
“altamente promiscuas” para encontrarem “o melhor esperma” a tempo de
“assegurar a reprodução da espécie”.
Só que este instinto torna-se fatal para os machos, que
chegam a cumprir ‘maratonas de sexo’ de 14 horas. “Enquanto os seres humanos
têm uma espécie de ‘sistema de alarme’, que avisa o organismo quando o stress
atinge níveis preocupantes, isso não aconteceu nos marsupiais, pelo que
continuam a acasalar, freneticamente, até à exaustão final”, explica Diana
Fisher.
Os machos atingem elevados níveis hormonais neste período
para acasalarem com o maior número de fêmeas possível, fazendo com que ‘morram
de sexo’. “Essas reacções químicas fazem aumentar os níveis de stress para
valores com os quais o organismo não consegue lidar e entram em colapso”,
reforçou a investigadora.
Fonte: PTJornal
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